terça-feira, 8 de junho de 2010

SEMINÁRIOS DA TURMA DE LETRAS (LN4/2010)


Ao rigor exagerado exigido em alguns seminários,

A sala de aula, me foi dito no primeiro semestre, é nosso laboratório, é o lugar para treinarmos, errarmos, adquirirmos experiência, prepararmos para a profissão e vencer dificuldades (inclusive, já que fazemos um curso preparatório para professores, a de apresentar “os conteúdos”).
Nós, alunos do LN4/2010, já há algum tempo, freqüentemente somos criticados e rotulados como desinteressados e desmotivados. Será?

Será que ainda estamos no tradicionalismo que não nos deixa pensar?

O respeito sempre deve estar em primeiro lugar, há regras que devem ser cumpridas, será que todas?

Os professores não devem ser a “ponte” entre a “experiência” e o “conhecimento sistematizado”?

Ser diferente não significa ser melhor, fazer diferente não significa fazer melhor, por isso eu acredito que, nas apresentações de seminários feitas em sala de aula, neste laboratório, eu não preciso, necessariamente, fazer igual ao meu colega e nem ele igual a mim, isso não é desrespeito. Cada um deve ter autonomia na sua apresentação e aproveitar a oportunidade e o tempo dispensado ao apresentador.

Por que os professores impõe tantas regras minuciosas? Tantos limites desnecessários?
“Tradicionalismo”?
“Manipulação”?

Por que não deixam os alunos trabalharem melhor a criatividade nesta rara (4 em 4 semestres) e curta (média de 10 a 15 minutos para cada aluno por apresentação) oportunidade?

Professores, não precisam ter tanto medo, seremos coerentes. E uma liberdade maior, dentro do proposto, pode nos deixar surpreender, positivamente, vocês.

Os raros seminários, em sua maioria, para nós, até agora, viraram histórias carregadas de inibições e críticas por parte dos avaliadores.

Colegas, a mudança depende de nós. A dificuldade de apresentar pode ser trabalhada e melhorada a cada apresentação.

Professores e coordenadores, precisamos de mais oportunidades de apresentação.

Eu tenho dificuldade também, e erro muito, e faço e falo incoerências. Mas estou em busca de aprender e aprimorar. Não devemos nos render às imposições e às limitações que nos levam, muitas vezes, a apresentar inseguros, desmotivados, nervosos ou até desistir.

Eu não quero ser a “matéria prima” da fábrica de mão-de-obra barata.

Eu não quero ser um reprodutor da sociedade e “saber comportar”, apenas.

Eu quero ser o aluno que reflete e pensa.

Tudo alcançado com respeito.


Muito obrigada,


Ieda F. Dias (LN4/2010)

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